Mês de prevenção e conscientização sobre o suicídio, é o tema do Setembro Amarelo.

 Mês de prevenção e conscientização sobre o suicídio, é o tema do Setembro Amarelo.

A data é organizada pela Associação Internacional para a Prevenção do Suicídio (IASP), endossada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e representa um compromisso global para chamar atenção para o tema.

No Brasil, o movimento Setembro Amarelo foi idealizado em 2014 pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e o Conselho Federal de Medicina (CFM), em conjunto com entidades, como o Centro de Valorização da Vida (CVV) com campanhas para conscientizar a sociedade e fomentar com informações relacionadas à prevenção do suicídio no país.

No Paraná, a Lei nº 18.871/2016 trata sobre o tema e foi atualizada com a criação da Semana de Valorização da Vida e de Prevenção da Automutilação e do Suicídio, que deve ser realizada no período que compreenda o dia 10 de setembro.

O objetivo dessa legislação é o de promover a reflexão e a conscientização sobre essa temática, com o objetivo de dignificar avida em relação ao aumento do índice de suicídios e a automutilação, esclarecendo à população, através de palestras, debates e audiências públicas, sobre como identificar possíveis sinais suicidas e como auxiliar o acompanhamento de indivíduos que apresentem esse perfil, visando minimizar a evolução dos quadros que podem chegar ao suicídio.

O Anuário Brasileiro de Segurança Pública, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, divulgado em 2023, mostrou que houve 16.262 registros de suicídio no Brasil em 2022. São 8 suicídios por 100 mil habitantes, uma elevação de 11,8% em relação a 2021, que registrou 7,2 homicídios por 100 mil habitantes. A grande preocupação é que os índices de suicídio seguem uma tendência de crescimento desde 2010.

Números da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), do Ministério da Saúde, indicaram uma elevação de 43% no país de 2010 a 2019, passando de 9.454 casos de suicídio para 13.523. A pesquisa mostrou que todas as regiões do Brasil tiveram aumento das taxas, porém o crescimento foi maior no Sul e no Centro-Oeste.

De acordo com a OMS, o Brasil ocupa o 8º lugar entre os países com os maiores índices de suicídio. Apesar da redução de 36% no número em escala global, as Américas fizeram o caminho inverso. No período entre os anos 2000 e 2019, a região teve aumento de 17% nos casos. Nesse período, os registros no Brasil subiram 43%.

Dados da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) do Sistema Único de Saúde (SUS), apurados de 2013 a 2023, mostram que o nível de ansiedade entre crianças e jovens superou o verificado em adultos. A análise dos números indica que a situação socioemocional dos mais jovens passou a ficar mais crítica do que a dos adultos em 2022, com o aumento considerável na taxa de pacientes atendidos com transtornos dentro da faixa etária entre 10 e 14 anos.

Sinais de alerta

  • Fique atento caso perceba alguém:
  • Mostrar falta de esperança ou muita preocupação com sua própria morte
  • Expressar ideias ou intenções suicidas
  • Se isolar de suas atividades sociais e cortar o contato com outras pessoas
  • Além disso: perder o emprego, sofrer discriminação por orientação sexual ou identidade de gênero, sofrer agressões psicológicas ou físicas, diminuir práticas de autocuidado.

Onde procurar ajuda

  • Mapa Saúde Mental. Site mapeia diversos tipos de atendimento: www.mapasaudemental.com.br
  • CVV (Centro de Valorização da Vida)
  • Voluntários atendem ligações gratuitas 24 horas por dia no número 188: www.cvv.org.br.

Fonte:BandaB

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