Falta de ordem judicial por violação de tornozeleira eletrônica impediu prisão de suspeito de matar três em intervalo de dez dias

A ausência da expedição de um mandado de prisão contra Vagner do Prado, suspeito de matar três pessoas em um intervalo de dez dias em Curitiba (PR), por violar sua tornozeleira eletrônica impediu que ele voltasse à cadeia.

Em liberdade provisória desde novembro do ano passado, Prado estava com a tornozeleira eletrônica desligada “devido à violação de bateria descarregada”, informou a Polícia Penal do Paraná (PPPR) à Banda B nesta quinta-feira (20). Ele respondia em liberdade pelo crime de roubo. O órgão comunicou o Poder Judiciário sobre a violação no dia 10 de junho, ou seja, quatro dias após o suspeito matar a própria companheira a facadas.

Um dia depois do feminicídio, a Delegacia da Mulher solicitou ao Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) que ele fosse preso preventivamente pelo suposto assassinato da mulher. No entanto, o pedido ainda não havia sido analisado até a tarde desta quarta-feira (19). O suspeito só foi preso após cometer dois assassinatos, ambos no dia 16, e em flagrante.

Além de não analisar o pedido de prisão preventiva feito pela polícia no dia 7, o órgão também não havia dado retorno à Polícia Penal do Paraná até a última segunda-feira (17) sobre a violação da tornozeleira. A PPPR destacou que a recaptura do suspeito só poderia ser feita sob ordem judicial, mas “não havia mandado de prisão expedido que motivasse a captura”.

“A Polícia Penal do Paraná (PPPR) informa que o monitorado em questão encontrava-se com a tornozeleira eletrônica desligada devido à violação de bateria descarregada, o que prejudica o acesso às informações de localização e hora do deslocamento do apenado. A violação foi devidamente comunicada ao Poder Judiciário dentro do prazo estabelecido, cumprindo todos os protocolos necessários para a devida informação e providências”, disse o órgão responsável pelo sistema prisional do Estado.

fonte: Banda B

Publicações relacionadas